sábado, 7 de maio de 2011

Mistérios...

Tentei agradá-la vestindo uma roupa igual a dela. Quando comprou disse querer brincar com as crianças, mostrando o papai e a mamãe usando roupas iguais. Diria a eles que faria o mesmo com os dois, estava curiosa para saber a reação dos pequenos. Aproximei-me de minha luz tentando pedir desculpas, porém ela foi logo jogando toda a sua raiva para cima de mim! Eu não lhe tiro a razão, mas eu realmente precisava testar a nova magia...


Minha esposa parecia irredutível... Então o dia amanheceu e eu a deixei falar, berrar, gritar, se descabelar. Era melhor deixá-la jogar tudo pra fora, depois eu tentaria acalmá-la. Por fim falou: “Por que ao menos não me avisou do que estava prestes a fazer?”


Era a minha deixa. Precisava convencê-la da minha intenção ter sido poupá-la. Então expliquei: bem, eu realmente achei que seria melhor pra você passar as últimas seis horas sem saber de nada... Talvez assim, quando descongelasse não lembrasse do feitiço!


Então ela falou: “Forte, mas foi apenas um piscar de olhos, não? Não podem ter se passado seis horas!” Eu fiquei apreensivo, ela não ouviu nada? Não percebeu as horas passando? Eu me lembro de tudo o que aconteceu quando estava congelado. Foram horas de agonia para mim, pois só pensava no tempo perdido para encontrar o Diamante!


Não comentei nada, pedi perdão acariciando seu rosto e a Cristal se derreteu. Queria uma promessa: eu nunca mais usaria magia com ela sem avisar. Reclamou sobre ter mentido para as crianças, dizendo que eles não podiam falar do Bruma pra ninguém, pois no prédio não era permitido animais. Não ia ficar arrumando as minhas confusões com a bruxaria todo o tempo! Cara, minha luz é maravilhosa mesmo, inventou a desculpa perfeita!


Resolvi não deixar passar mais tempo para falar com o pequeno, precisava conversar com ele. Eu o tirei da cama e ele ficou feliz por ter minha atenção. Ando meio afastado das minhas obrigações como pai e estado pouco tempo com os meus filhos.


Fui direto ao assunto e perguntei ao Diamante se ele ainda sonhava com a Mita. Complementei dizendo sobre estar disposto a ouvi-lo, o quanto eu o amava e era importante saber se estava tudo bem na vida dele. Queria deixar claro para o pequeno, ele poderia contar comigo em qualquer situação.


Meu filho finalmente se abriu: ”Papai, sonhu sim! Ieu amu ela, num vou esquecê dela nunca, sinto saudadi. Sou forti ingual você i num choru mais. Purquê agora tenhu a maninha e a pima.”


Fiquei chocado com a revelação do Diamante, ele parecia triste e é só um bebê! Como vou fazer estes dois se reencontrarem? Não posso ficar esperando ano após ano, a cicatriz no coração do pequeno parece profunda e deixou marca. Eu o beijei e o abracei para dar meu alento, demonstrar meu carinho e solidariedade a sua dor. Tão novo e já sofrendo por amor!


Brinquei um pouco mais com ele para animá-lo e consegui ganhar um sorriso. Encontrei com a Cristal na sala e comentei a triste história do nosso filho, ela já havia percebido alguma coisa, mas como eu estava com medo das respostas. Estava provado: os Arvoredos amam para vida toda e profundamente!


Minha esposa resolveu ligar novamente para Maria, da Assistência Social. Quem sabe, ela ainda se lembrava do nosso caso e dava alguma resposta? Porém pela expressão da minha luz a conversa não estava sendo tão boa quanto desejávamos!


Após alguns minutos ao telefone, Cristal falou: “Maria se lembrou de mim e da Mita, disse não ter ligado com esperança de nós temos encontrado a menina. Depois da entrada do hacker nos sistema deles, após alguns meses conseguiram recuperar tudo, exceto o arquivo da Mita. É como se ela nunca tivesse passado pela a casa da Assistência!”


Minha esposa completou: “Tem algo muito estranho nesta história Forte, algo grande e perigoso, estou com muito medo da onde isto vai dar!” Eu concordei com ela, tem realmente um mistério muito maior por trás deste sumiço de arquivos... E eu não me chamo Forte Arvoredo se não desvendar este mistério!


Ao me abraçar, minha luz revelou sua ansiedade: “Eu sei que você é curioso e não sossega enquanto não colocar seu lindo narizinho aonde não foi chamado! Toma cuidado, eu não quero ficar viúva cedo.” Eu a assegurei sobre a minha vontade de permanecer vivo para mantê-la aquecida todas as noites. E ela se acalmou.


Passadas as festas de final de ano, fui até ao The Lhama Pub para o primeiro encontro da Cúpula, após duas semana de recesso. Chegando lá, presenciei uma cena muito animadora. Afinal, meu papel de Cupido foi bem desempenhado. Estavam lá, dois jovens casais trocando carícias, próximos ao bar: Ado e Aninha, Geraldo e Marbella.


Enquanto eles se despediam das namoradas para irem à reunião. Eu fiquei admirando uma nova pintura da Carmita, um menino que devia ter mais ou menos a idade do Diamante. Seria filho dela? Era um pouco parecido... Nunca soube nada sobre ela ter um filho, aliás, pouco sei da vida dela. Eu gostaria de perguntar a minha amiga sobre o menino, mas não a vi em parte alguma.


Teletransportei-me para o terceiro andar, depois de perceber o sumiço os rapazes. As meninas estavam jantando sozinhas. Lá em cima, estavam todos sentados, só me aguardando!


Sentei tentando não chamar atenção sobre a minha pessoa, preocupado em como mais uma vez pedir a ajuda dos outros membros para encontrar a Mita. Estava me perguntando, porque eu não me sinto um membro? Algo está errado nesta história, faço parte da Cúpula e não sei de nada além das intrigas das quais falam aqui. Mas como eles conseguem gerenciar tudo? Como conseguem ter acesso a todos os sócios? São perguntas às quais um membro deveria saber responder!


Mal me acomodei, Merlim me censurou pelo atraso e pediu para evitar desperdiçar o pouco tempo que eles tinham para se encontrar. Percebi aí uma exclusão: ELES, não nós! Havia algo de errado nesta história. Para que me transformaram em um bruxo e fizeram toda aquela cerimônia, se eu sou apenas mais um objeto de decoração da sala?


Resolvi encarar os fatos de frente e perguntei se iriam me ajudar a encontrar a Mita. O líder me olhou como se eu estivesse louco e falou: “Primeiro precisa aprender o feitiço certo. Enquanto isto nada feito. Não sei por que insiste tanto, se já sabe a resposta!”


Então lancei a bomba: Mas eu já aprendi todos os feitiços do meu “Grimoire”, não era o “Tempus Interruptos” o último feitiço? Chien olhou para mim abismado e disse: “Ei, como você aprendeu tão rápido? Só eu e o Merlim sabemos este feitiço!”


Kléverson começou a se levantar, dizendo não ter mais direito a se sentar naquela cadeira. Afinal eu havia atingido o ponto máximo da bruxaria neutra, devia me sentar ao lado dos grandes bruxos.


Porém, o Merlim tinha outra ideia e falou para ele voltar a sentar. Eu ainda era um novato na Cúpula, não havia feito nenhum trabalho de campo. Não podia contar com um aprendiz, mesmo sabendo todas as magias do “Grimoire”.


O pai do Ado contestou e afirmou sobre ele estar burlando as antigas regras do conselho. Era importante manter a hierarquia, não pelo serviço prestado, e sim pela dedicação as artes mágicas! Se eu não havia feito nenhum trabalho até agora, era por eles terem me excluído. Afinal até o Ado prestou serviços para Cúpula.


O Grão-Mestre, finalmente se rendeu, disposto a me dar um trabalho de campo para testar minhas habilidades. Se tudo corresse bem nas minhas atividades futuras, ele me colocaria ao seu lado na mesa. Eu bem na verdade preferia me sentar em frente ao Ado, era muito mais divertido.


Chien olhou para o Kléverson e comentou sobre ele precisar de ajuda para um caso na Vila Água Azul. Mas o Merlim logo o cortou e me perguntou se eu estava disposto a trabalhar nas horas de folga.


Eu disse sim. Estava percebendo o jogo do chefão, a ajuda para resolver o mistério da Mita ia ficar de lado mais uma vez. O melhor era aceitar esta incumbência e procurar tirar o máximo de proveito para compreender mais esta história de hierarquia. Quem sabe conhecendo o funcionamento das tramas da Cúpula, eu poderia achar a menina sozinho?


Por fim, ele olhou para o Geraldo e falou comigo: “O jovem Espumoni precisa de ajuda lá na sede da Sociedade Secreta, alguém para parar o tempo. Ninguém melhor que você, para isto. Depois da reunião vocês combinam os detalhes.”


O jovem sim olhou pra mim empolgado e eu sorri um tanto ressabiado. Pelo menos eu estava sendo incluso na confraria, finalmente! O Grão-Mestre deu por encerrada a minha discussão e voltaram a fazer as intrigas de sempre. “Esquecendo” completamente o caso da Mita.


O Ado, me cutucou com o pé por debaixo da mesa e me agradeceu pela ajuda com a Aninha. Ele estava muito feliz com a namorada nova, comentou sobre ela ser perfeita, sempre animada e o fazendo rir. O jovem sim adorava a menina!


Então perguntei como foi seu primeiro beijo com ela. Afinal o cara me confidenciou nunca ter beijado, antes de namorar a Aninha. Ele respondeu: “Ainda não a beijei! Estou esperando um momento mais romântico. Queria o som dos violinos tocando, perfumes, velas acesas... Bem, criar um clima e ainda não consegui.”


Eu fiquei chocado! Como podia estar namorando a menina sem beijar na boca?! Ado continuou a falar: “Sabe ela também nunca beijou ninguém... Eu queria criar um momento perfeito para nossa primeira experiência.”


Resolvi me meter mais um pouquinho: Procure não demorar muito... Ela pode não ser tão paciente assim. Acho que me fiz entender. O jovem sim ficou intrigado. Criar clima pro primeiro beijo!? Só podia ser coisa do Ado!


Quando me levantei, o Geraldo veio explicar como seria o tal trabalho de campo: “Eu preciso verificar o sumiço do telefone direto com a D. Morte, lá na sede na UNESIM. Nós queremos saber quem o pegou e suas motivações, mas discretamente. Pretendo passear com o detector de digitais pela sala e descobrir quais associados passaram por lá. É moleza, você vai ao banheiro, para o tempo lá dentro sem ninguém perceber, depois vasculhamos a sala.”


Realmente parecia fácil. Fiquei até empolgado com a história e o Espomuni acabaria por me esclarecer sobre as atividades da Cúpula. Isto poderia abrir as portas necessárias para descobrir quem havia mexido nos computadores da Assistência Social e sumido com os registros da Mita.


O jovem sim perguntou se poderíamos fazer isto amanhã à noite, ele mandaria a limusine me pegar e resolveríamos o problema rapidamente. Eu concordei, afinal estava totalmente disposto a resolver este caso e me integrar às ações da Cúpula.


Teletransportamo-nos para o banheiro no térreo e quando saímos eu sorri diante da cena a minha frente. O Ado estava de mãos dadas com a Aninha no balcão do bar e parecia fascinado com a jovem sim, ria de orelha a orelha. Só então percebi a Carmita atrás deles. Sorriu ao me ver e resolvi me aproximar, precisava conversar com ela.


Minha amiga veio logo me abraçando, parecia muito feliz com a minha presença. Fiquei estimulado a esclarecer minhas dúvidas com ela. Quem sabe me dava uma pista para resolver todo este mistério envolvendo a menina?


Comecei comentando da minha empreitada com o Geraldo amanhã. Estava empolgado com o meu primeiro trabalho de campo, em finalmente aprender um pouco mais sobre a estrutura dos grandes.


Carmita me desanimou: “Mas Forte, você não percebeu? Eles te deram um serviço simples, sem maiores envolvimentos, na UNESIM. Nada na cidade ou em Vila Água Azul, você precisa se inteirar das ligações com a casa da Assistência e de quem estaria interessado em apagar os arquivos, justamente da Mita!”


Fiquei intrigado, ela sabia demais, sempre! Percebia antes de mim tudo o que eu deixava escapar. Resolvi perguntar sobre o Grão-Mestre e a motivação dele para não ir com a minha cara. Minha amiga mais uma vez me falou algo óbivo e ao mesmo tempo que eu sozinho não percebia: “Já te disse antes e repito, você pode fazer e ser o que quiser neste mundo, está em suas mãos. Isto causa muita inveja nos poderosos, eles temem você! Pois seu potencial é infinito.”


Fiquei olhando para ela pensando nos acontecimentos durante a reunião e das últimas semanas... De alguma forma, não sei o motivo, eu lembrei do pai da menininha sumida e daquela conversa lá em cima sobre a Vila Água Azul, o Merlim cortando o assunto e me mandando fazer outro trabalho... Será? Vou tentar juntar melhor estas peças depois.


Minha curiosidade natural me fez levar a Carmita até o quadro do pequeno na parede e perguntei quem era o menino. Animada ela falou: “É meu filho, Edward, dei este nome em homenagem ao Edward do Crepúsculo! Gostei muito da personagem.”


A cara dela falando do menino foi hilária, porém prendi o riso para não perder a amiga. Quem sou eu para contrariar uma mãe! O menino é bonito mesmo. Sei lá, gostei do garoto do nada e resolvi convidar a Carmita para aparecer lá em casa com o filho, as crianças iam gostar de mais um amiguinho. Ela concordou de imediato e agradeceu o convite.


Quando a limusine parou para nos pegar, eu me despedi da minha amiga com um beijo no rosto. Em minha mente só restavam mistérios para serem resolvidos:
. O pai de Vila Água Azul.
. Quem sumiu com os registros da Mita?
. A inveja do Merlim.
. Descobrir como funciona a hierarquia da Cúpula.
. Qual o envolvimento da Cúpula na Vila Água Azul?
A minha maior questão era se tudo isto está interligado de alguma forma...


3 comentários:

  1. Forte... Você era tão ingênuo naquela época! Sinto falta de quando eu conseguia fazer você ficar intrigado.
    AMO!
    bjosmil! *.*

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  2. Owwwn, pobrezinho do Diamente. Continua sonhando com a Mita, só que calado. çç'
    Mita... Possível filho da Carmita... Tanto mistério!
    Forte abalando as estruturas do mundo sim!! \õ/
    Ah!! É mesmo filho da Mita. Quero ver esse encontro entre famílias!

    kkkkkkkkk, Carmita! Deixava o menino doido!

    Amooo!! *w*
    =*

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  3. Carmita,
    Ainda bem que eu era! Acho que não teria história nenhuma se eu não fosse! Hehehe
    Você ainda me deixa intrigado... Como pode existir em tantas realidades? Agora é arquiteta no The sims 3... O.o Virou anjo protetor da Deka também?

    Suh,
    Quando o Di diz "sou forti ingual você", eu quase choro na frente dele... Será que é "ingual" a mim, mesmo?
    O Ed é um menino e tanto... Vai ter mais notícias dele e este encontro vai ser revelador, na medida da Carmita, é claro!
    Ela ainda me deixa! Hehehe

    Obrigadu!
    Um Forte abraço!

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