segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mais Descobertas, Preparação e Viagem!

Após a saída dos convidados, colocamos as crianças na cama. Eu mal aguentei esperar muito tempo, estava louco de vontade de atacar certa pessoa...


Minha luz estava preparada para o meu ataque e me acolheu em seus braços com um lindo sorriso no rosto. E depois disso, nem conto. Só posso dizer ser um excelente mago na cama e enfeitiço minha esposa como ninguém. Hehehe


Mais tarde, quando ela já estava se virando para dormir, perguntei se estava com muito sono. Eu precisava conversar. Cristal se virou para mim concordando em me escutar e a puxei para os meus braços.


Ela me perguntou se a conversa com pai do Ado havia resolvido o problema do Grão-Mestre. Eu não deveria me admirar com sua dedução, mesmo assim, minha luz consegue me surpreender sempre! Nós tínhamos conversado sobre o caso da planta-vaca na noite anterior, mas a princípio ela não deveria saber sobre o Chien fazer parte da Cúpula.


Eu afaguei seus cabelos e comecei a contar meu diálogo com ele na biblioteca. Fiquei constrangido em comentar, mas ela precisava saber toda a verdade. Contei sobre o provável duelo mágico com o Merlim. Isto a assustou e a fez perguntar: “Tem que ser você? Eu tenho tanto medo... Esta história de magia, duelos, porque não pode ser o Chien ou qualquer outro?"


Eu a abracei tentando acalmá-la e disse: Sou o único com capacidade, conhecimento mágico e habilidade para duelar com o chefão. Não se preocupe vou ser bem treinado antes. Só depois de aprender como usar a magia durante o duelo é que vou poder enfrentá-lo. Vai dar tudo certo, eu confio em meu potencial. Eu realmente acredito na minha vitória, Carmita cansou de dizer o quanto sou especial. E agora entendo, era um aviso! Minhas palavras serviram consolo para minha esposa e ela dormiu rapidamente.


Estava preocupado, queria entender mais sobre os estatutos da Cúpula. O pai do Ado deixou comigo o exemplar, meu por direito. Aquela leitura foi esclarecedora, de acordo com o estatuto eu deveria ser o terceiro em comando, logo após aprender o feitiço de parar o tempo. O chefão deveria ser o mais velho de nós três. Havia apenas uma exceção: no caso de um duelo mágico, o vencedor era o líder. Eu seria o Grão-Mestre ao vencer o duelo?!


Não cheguei a terminar a leitura, estava muito cansado e fui dormi, procurando não me preocupar com as respostas. Elas iriam surgir no tempo certo. No entanto, eu não desejava me tornar o Grão-Mestre! Só queria encontrar a Mita, porém eu tinha a impressão de precisar eliminar o Merlim primeiro para poder achar a menina. Ao acordar peguei a minha princesinha e fui cuidar das suas necessidades. O cheiro das panquecas impregnava o ar e chegava ao segundo andar.


Quando coloquei a Vi na cadeirinha e lhe dei a papinha, Cristal já estava colocando as panquecas sobre a mesa e o pequeno veio correndo do banheiro gritando: “Panquecas, panquecas!”


Sentamos para apreciar a refeição em família, e meu filho resolveu comentar: “Olha só pai, eu sei que você fica preocupado... Mas às vezes bate saudades da Mita, num é nada demais. Passa quando tô brincando com o Ed, a Chris e a Vi.” Eu e Cristal ficamos perplexos! E depois dizem que as crianças não sabem nada do que acontece a sua volta...


Já estava na hora da escola do Diamante e fui chamá-lo. Eu o encontrei pintando. Ele tem o mesmo dom da mãe e pinta muito bem. Elogiei seu trabalho e o Di me abraçou feliz. Perguntei quem ele estava pintando.


Intuitivamente eu já sabia e havia muita alegria em sua voz infantil ao me responder: “A Mita! Eu quero ela perto de mim, vai ficar junto do meu retrato de bebê que a mamãe pintou! Ela nunca mais vai sair do meu lado.”


Ao chegar do trabalho, minha luz estava, como sempre a frente do computador. Mas não era a mesma sim que eu deixei em casa. Seu penteado mudou por completo: Estava ainda mais linda!


Encantado, eu a elogiei. Ela agradeceu e disse ter deixado as crianças com o Olívio no início da tarde. Foi com a Acácia ao cabeleireiro e acabou por fazer amizade com a esposa do dono do salão. Minha esposa os convidou para jantar em nossa casa esta noite. Então me lembrei, eu queria saber mais detalhes sobre a sua filha desaparecida, era uma excelente oportunidade. Cristal, além de maravilhosa, parecia ler mentes. Eu não podia resistir mais a tamanha perfeição e a beijei apaixonadamente!


Ao subir, encontrei o quarteto fantástico se divertindo montando blocos. Esta amizade entre eles é muito linda de se ver e deve durar para sempre! Minha princesinha foi a primeira a me pedir atenção. Eu lhe fiz cócegas, embora satisfeita com minha brincadeira, ela desejava muito mais!


Queria o colo do papai. Claro, eu a peguei e a abracei. Sempre satisfaço as vontades da Violeta. Ela falou: “A Mita é lindia!” Olhei para a parede e vi o retrato dos dois bebês, lado a lado.


Coloquei a Vi no chão e fui olhar o quadro de perto. Ansioso, o pequeno se postou ao meu lado perguntando se estava bom. Meu filho tinha o dom, o quadro estava perfeito.


Observei o quanto a menina era bonita. Tinha um lindo sorriso e posso entender o encantamento do meu filho por ela.


Edward me chamou, queria falar: “O Di vai ser o pintor mais famoso do mundo sim! Se antes dos sete anos pinta tão bem, imagine quando ele fizer dezoito anos?” Eu ri, mas concordei com o menino. Meu filho vai ser um excelente pintor, ou qualquer coisa que ele desejar.


Por fim, o melhor amigo do Diamante se despediu. A condição de vir da escola para cá, era voltar antes do sol se por. Eu não me preocupava com ele voltando sozinho, era praticamente atravessar a rua para estar em casa e o Ed é um menino muito esperto.


Após me trocar, eu encontrei a Cristal envolvida com o jantar. Estava fazendo o meu prato predileto: lasanha! O Diamante estava ensinando a irmãzinha a tocar no xilofone. Os dois entretidos em suas brincadeiras, nem me notaram.


Estava me decidindo entre a TV e o jornal, quando nossos convidados chegaram: Tato e sua esposa. Ele, logo ao entrar, me agradeceu pelo convite para o jantar e disse estar muito feliz com o nosso reencontro.


Em seguida, me apresentou a Kira. Uma ruivinha muito simpática. Algo neles me fez lembrar alguém. Eu realmente não conseguia ligar a quem! 

 
Ela não se deteve quando viu os pequenos e caminhou até eles. Não imagino o quanto a sim deve sentir falta da filha! Parece amar crianças. O Di a cumprimentou muito animado, simpatizaram de imediato.


Kira nem se chateou quando a Violeta pediu colo, sua nova mania. E a pegou em seus braços, muito emocionada. O Tato cumprimentou o pequeno com um “toca aiê!” e o conquistou rapidamente. Os dois se deram muito bem com as crianças! Eu fiquei muito feliz em acrescentar mais um casal amoroso, a minha lista de amigos!


Antes de jantar, minha luz insistiu em mostrar o apê para eles. Afinal, a Kira não acreditava que pudéssemos ter tanto espaço ali. Mas o choque mesmo foi quando entramos no quarto dos pequenos e eles viram o retrato da menina. O casal perguntou ao mesmo tempo: “Como vocês conseguiram uma pintura da Mita?”


Meu novo amigo comentou irritado o quanto estava chocado com minha “brincadeira”. Pensava estar construindo uma amizade, mas eu aprontei algo indesculpável e de muito mau gosto. Mostrar uma pintura da filha deles na parede... Quando ele falou “filha”, eu parei tudo! Desculpei-me dizendo não saber nada sobre a Mita ser a filha desaparecida deles, até ele contar naquele instante!


Lembrei da Carmita falando de Sincronicidade, sobre acontecimentos que parecem ser coincidências, porém surgem no momento certo, esclarecendo dúvidas ou trazendo respostas. Meu amigo ainda não estava de todo convencido da minha lealdade e me questionou sobre o retrato. A menina nunca havia usado tal roupa e muito menos estado naquele lugar.


Eu o acalmei explicando tudo sobre o sumiço do Diamante e como o pequeno conheceu a Mita na Casa de Assistência. Notei sua raiva começar a ceder, quando falei da minha busca desenfreada pelo Di. Completei falando ter sido meu filho a retratar a menina. Estava na hora de jantar, a comida da Cristal resolveria melhor este impasse. Sua lasanha fazia milagres!


Ao nos sentar, eles resolveram nos contar como perderam a filha. Estavam excitados por ter finalmente alguma pista do paradeiro da menina, embora não entendessem como nunca souberam da estada dela na Casa de Assistência. Afinal, tinham contatado a Assistência Social na busca pela menina.


Tato começou sua história: “Fomos à praia que fica em frente à nossa casa, íamos todos os dias pegar sol e nadar. A Mita adorav... adora brincar na areia. Esta última imagem eu gravei na memória, estava linda com seu sorriso aberto e franco, um verdadeiro anjo.”


“Naquele dia, minha mãe estava conosco e ficou na areia com ela, enquanto fomos nadar. Não ficamos muito tempo no mar, no máximo meia hora, quando ouvimos mamãe nos chamar da areia.”


Kira continuou daí: “Eu senti uma dor no peito ao ouvir a voz estridente da minha sogra, eu sabia que havia acontecido alguma coisa ruim. Quando voltamos à areia, Valéria estava apavorada, pois a Mita, sumiu de suas vistas.”

“Ela deve ter cochilado por uns minutos, senão teria visto pra onde a minha filha foi. Nós ficamos desesperados. Por fim, resolvemos procurar a menina, queríamos acreditar que estava brincando de se esconder.”


Tato prosseguiu: “Vasculhamos toda a área, fomos a nossa casa para ver se a danadinha tinha ido sozinha para lá. Mas não encontramos nenhum sinal da Mita. Havia apenas duas opções: ela se afogou no mar ou alguém a sequestrou”


“Chamamos a polícia, mas eles não têm jurisdição para cuidar de crianças e o policial nos mandou chamar a Assistência Social.” Kira resumiu: “Bem, procuramos a nossa filha de todas as formas, ligamos pra Assistência, mas eles não tinham nenhum bebê com a sua descrição. Buscamos por toda Vila Água Azul, espalhamos cartazes... Tudo em vão!”


Depois desta frase todos ficamos mudos, havia uma tristeza no ar. Eu e a minha luz sabemos como é ficar sem um filho a agonia pela qual passaram, no entanto, eles não encontraram a filha. Nem quero imaginar como seria ficar sem o meu filho!


Resolvi abrir o jogo com eles. Contei sobre o amor e as saudades do Di em relação à pequena. Expliquei o quanto era importante para a minha família encontrar a filha deles. E comentei sobre haver algo muito estranho nesta história, pois tinham hackeado todos os dados da Mita da Casa de Assistência. Mesmo assim, isto havia acontecido uma semana ou duas após a volta do pequeno.


Kira olhou para o marido e comentou algo sobre a sogra. Por fim falaram sobre a mãe dele ter contatado uma amiga da Assistência Social. Todas as informações vieram dela. Eu não falei nada... Mas acho melhor investigar a Valéria, alguém mentiu: ela ou a assistente social.


Após o jantar e a saída dos meus convidados, Chien me ligou e me intimou a começar o meu treinamento esta noite mesmo. Sua recomendação era vestir roupas velhas e confortáveis. Ele me levou num lugar muito obscuro, eu o questionei sobre o local e sua resposta me deu arrepios: “estamos no cemitério de Bela Vista.”


Entramos lá e me deparei com um casal de namorados, sentados num canto, no maior amasso. Meu companheiro sorriu e falou algo sobre ter a distração perfeita para o coveiro. Podíamos entrar tranquilos, não iríamos ser incomodados.


Paramos a porta do mausoléu e me perguntei como entraríamos ali, afinal estava fechado. Mesmo assim, o pai do Ado estava muito bem preparado, começou a fazer uns gestos engraçados e quando parou, a porta se abriu. Eu ainda quero aprender este truque!


Lá dentro havia apenas um caixão. Por causa do portão apenas com grades o local era muito exposto, não poderíamos treinar ali. Chien atento ao meu semblante, falou: “Pense em se teletransportar para o terceiro andar!” De início pensei que o cara tava doido, nem havia escada ali... Mas ao olhar para ele resolvi esvaziar as dúvidas e confiar.


Realmente havia um terceiro andar, embora não houvesse escadas. Uma sala secreta, como a da Armada Dumbledore*, perfeita para treinar duelos mágicos. Caracas, me animei um bocado com isso, me senti dentro do livro.

*Para saber mais leia ou veja Harry Potter e a Ordem da Fênix.


O Chien me pediu para sentar em um tapete no centro da sala e começou a me contar uma história. Era sobre uma princesa e sua aldeia, os aldeãos estavam divididos quanto a quem deveria governar. Enquanto discutiam, eles foram atacados pelas legiões do mal. A jovem pediu ajuda aos espíritos ancestrais e lhe enviaram um protetor: um dragão. Ele protegeu a aldeia e destruiu os malfeitores.


Eu fiquei encantado em como a história se projetava em uma telinha mágica, acima da cabeça dele. Gostaria de fazer esta tela mágica aparecer para os meus filhos, eles iam me idolatrar depois desta!



O pai do Ado completou a história dizendo o quanto a Vila prosperou e se tornou poderosa depois do episódio. Percebendo a capacidade da sua princesa, os aldeãos se uniram e a colocaram como governante.


Terminada, ele sentou-se de frente para mim e me perguntou sobre minha interpretação da história. Eu comentei o quanto era bonita, principalmente a projeção da tela mágica, tornando tudo ainda mais emocionante. Falei do meu desejo de impressionar meus filhos com ela. Meu companheiro suspirou e balançou a cabeça preocupado.


Resolveu me ensinar a fazer Tai Chi Chuan e me pediu para acompanhar seus movimentos. De início parecia moleza, fiquei me perguntando quando começaria meu treinamento. Afinal eu precisava era aprender a duelar!


Mal comecei e percebi que não era tão fácil assim seguir seus passos! Várias vezes me perdi! E quando ele levantou a perna lá no alto? Eu nem sei se sou capaz disso, nunca nem tentei fazer yoga, só sei correr!


Notando minha dificuldade, mais uma vez o Chien suspirou alto e balançou a cabeça. Vai acabar desistindo de mim. Insistiu um pouco mais e resolveu me ensinar umas respirações, elas me ajudariam a meditar. Bem, minha única tentativa com a meditação foi no nascimento da Violeta. E realmente nem cheguei a esquentar o chão daquela vez.


Alguns instantes depois, eu fiquei assustado, olhei para baixo e as pernas do meu companheiro estavam na altura dos meus ombros!


Eu fiquei olhando para aquela cena louca de levitação. Aparentemente, o pai do Ado desejava que eu chegasse à perfeição em tudo isto. O motivo disso eu sequer compreendia. Ao final imagino ter sido uma decepção, pois ele estava de cabeça baixa e mal me encarava.


Já estávamos saindo do cemitério quando o Chien disse: “Você precisa passar um tempo fora exercitando estas técnicas, para estar pronto quando houver nossa próxima reunião. Não há mais tempo a perder, soube de sua casa de férias, vá para lá e só volte quando tiver dominado as técnicas que lhe ensinei. Quando voltar, me encontre aqui. Então, poderei lhe ensinar a duelar.”


3 comentários:

  1. Di pintando a Mita! *w*
    Que casal lindo, pena que ainda estão longe de sua filha. =/

    kkkkkkkkkkk
    Rialto com a sua cara de espanto ao ver o Chien levitar, Forte!
    Treinamento intenso?
    O que a Cristal vai achar disso, eheim?

    Boa sorte, Forte! =*

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  2. Meu, eu quase morri com suas caras dessa atuh... Ei.. hj não teve vídeo, estava mal acostumada.. asuhauhsuhausuh
    Esse negocio de tai chi... eu devo ter duas pernas esquerdas, acho q nunca vou conseguir fazer isso, mas sei meditar =D
    Di pintando o quadro da filha do Tato... isso q é coincidencia o.o
    E eu concordo, a Cristal ficou ainda mais bonita com o novo penteado


    ;*

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  3. Suh, meu filho rules! Hehehe
    Kira e Tato são incríveis e sofreram um bocado...
    Ah! Eu sou todo caras e bocas! Hehehe
    Cristal prefere que eu treine e vença...

    Deka, eu sou muito expressivo! XD
    Pior que tinha o vídeo do Tai Chi... Esqueci de colocar! O.o
    A Carmita diria: Sincronicidade... Hehehe
    Ficou, né? Mas ela é sempre linda aos meus olhos!

    Um Forte abraço!

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