domingo, 20 de março de 2011

Voltando para Casa

Estava quase em casa... Quando passei na porta do novo condomínio, onde a Acácia está morando, lembrei do Olívio dizendo que se mudaria amanhã. Achei justo prepará-la para a sua chegada e resolvi entrar. O lugar era um luxo só! Tinha piscina e até um parquinho para as crianças... Será que o aluguel é muito caro?


Quem abriu a porta foi o seu namorado. Ela estava sentada no sofá e não pisquei, falei sobre o Olívio. A Acácia riu e disse já estar sabendo de tudo. O Kléverson veio contar a novidade, logo ao final da tarde. Aí me perguntou sobre o Diamante... Eu fiquei olhando para aquele belo teto de madeira e me deu uma dor no peito enorme. Como sentia falta do pequeno!


Finalmente desabei... Comecei a chorar como um bebê. Estava apavorado só de pensar: e se?! Nem conseguia completar a frase. Ainda bem que o namorado da Acácia saiu da sala. Ia ser o maior vexame chorar na frente dele! Nem sei quanto tempo se passou, só me lembro das palavras de conforto da Acácia: “Tenha fé, ele vai voltar amanhã.”


E completou: “Se a Cristal te vir assim, vocês vão passar a noite chorando e pensando bobagens! Honre seu nome e seja Forte!” Só me deixou sair de lá quando fiquei mais calmo. Então eu a abracei e me despedi. Realmente não tenho uma amiga melhor. Acho bom o Olívio fazer tudo pela sua felicidade, senão vai acabar perdendo um amigo.


No caminho de casa passei na porta da Igreja onde eu e Cristal nos casamos. Senti uma paz tão grande emanando de lá que resolvi entrar. Dentro da Igreja, o Padre Augusto e a Irmã Luzia estavam rezando. A atmosfera do lugar era tão aconchegante e convidativa...


Acabei por me unir a eles para as orações. E comecei pedindo:
Eu sou um humilde sim, sei que não sou nada mais que um instrumento de uma força superior. Nunca pedi nada, tenho muitos desejos realizados, eu bem sei! Mas desta vez eu peço, mesmo que nunca mais um desejo meu se realize... Existe apenas um pedido que desejo atendido: Faz meu filho voltar para mim. Preciso criá-lo e vê-lo crescer. É tudo o que eu peço.
Depois disso me envolvi nas orações, senti uma paz aquecer e aquietar meu coração.


Ao final das preces, Padre Augusto olhou para mim sorrindo. Percebi um convite implícito naquele sorriso. Quando nos sentamos, contei toda a minha saga e o quanto a oração me confortou.


Por fim ele falou: “É meu filho, existem forças que comandam o Universo. Às vezes elas agem de forma contrária ao que desejamos e acabamos nos questionando o porquê desta vida, qual a validade de estarmos aqui se nem ao menos temos certeza de que vamos atingir nossas metas. Mas saiba, mesmo que nossos pedidos não sejam atendidos, tudo acontece para nos fortalecer e nos tornar sims melhores. Tenha fé!”


Eu saí da Igreja mais tranquilo e só pensava naquela frase: “Tenha fé!”
Quando estava chegando a nossa casa, vi Cristal deitada na grama olhando para o céu estrelado. Sentei-me ao seu lado para falar como foi o dia, meu amor estava desolada. Pensei em contar as loucuras ocorridas durante a tarde e a noite, mas desisti, ela precisava mais do meu apoio. Foi um dia duro para nós dois.


Minha esposa necessitava mais de carinho e uma dose de otimismo. E para isso eu me deitei sobre a grama e a puxei para os meus braços. Mesmo eu estando preocupado com a situação, não podia deixar de acreditar na volta do pequeno amanhã. Nós dois precisávamos pensar positivamente: a assistente social traria o Diamante para casa e tudo ficaria bem!


Cristal comentou: ”É tudo o que mais desejo Forte! Se você me disser que ele vai estar aqui amanhã de manhã eu vou acreditar... Desde o nosso casamento, você nunca mentiu para mim e confio na sua palavra.”


O que eu poderia dizer? A verdade: sinto muito meu amor, mas não tenho esta certeza, só fé. Claro que não! Falei: Ah minha luz, tenho certeza, vai ser nosso filho a sair do carro da assistente social amanhã! Minha resposta a fez sorrir. Eu rezei com toda a fé, não podia falhar com a minha esposa. Nosso filho tinha que voltar amanhã.


Entramos em casa e percebi a sala já estava toda mobiliada. Como eu amo esta sim! Eu saí de casa pela manhã e não havia nada além de um telefone em casa. Como ela conseguia mobiliar a casa toda em tão pouco tempo, com tanta preocupação? Na mesma hora a Cristal respondeu: “Eu precisava me ocupar com alguma coisa para não enlouquecer!” No quarto, ficamos nos confortando boa parte da noite. Abraçados por quase toda a madrugada, sem conseguir dormir.


Pouco antes de amanhecer a Cristal desmaiou de sono em meus braços, aos poucos meus olhos foram fechando e nós dois dormimos por cima das cobertas, ainda vestidos. Na manhã seguinte acordei com o barulho de um carro estacionando na porta. Olhei pela janela e era a van azul da Assistência Social.


Eu desci correndo a tempo de ver a assistente sair do carro. Minha luz caminhou aflita na direção da van, não se contendo de ansiedade. Precisávamos ter certeza que o menino no carro era o nosso filho.


Eu a segui tentando enxergar dentro da van, ver quem era a criança. Tinha que ser o meu pequeno! Então eu o vi. Parecia realmente ser o meu filho, mas o moleque estava muito abatido e triste.


Cheguei mais perto e tive certeza: era o Diamante! Quando me viu, ele abriu o maior sorriso. Mal acreditei, meu filho estava de volta!


Eu comemorei a sua volta, sabendo quanta sorte eu tinha por poder estar com meu filho novamente. Só quem tem filhos pode entender a aflição pela qual passamos, a agonia de imaginar se um dia vamos ver seu rostinho de novo, sentir seu cheiro, abraçá-lo, vê-lo crescer e formar sua própria família.


A assistente social passou o menino para os braços da Cristal. Só após dar uma olhada na fachada da casa, como se quisesse descobrir nossa situação financeira! Foi quando começou a falar algo sobre ter mais cuidado com o pequeno.


Minha luz me passou o Diamante e ficou tentando entender o a observação como algo bom, mas logo se destemperou e disse: “O que eu podia fazer se crianças não saem com os pais da universidade? A Assistência Social é que deveria ser mais cuidadosa e trazer nosso filho direto para casa, sem causar tanto estresse e confusão!”


A assistente social achou coerente a colocação da minha esposa. Os pais poderiam ligar antes de sair da Universidade para a Assistência Social, e quando chegassem a casa, o bebê seria entregue em poucas horas. Bom, mas para isso acontecer teriam que criar novos mods*...

*mods são programas que modificam o jogo original.


Minha esposa adorou a ideia! E as duas ficaram ali batendo papo como velhas conhecidas, até a assistente mencionar seu trabalho por fazer e se despedir apressada.


Quando a Assistente se afastou, Cristal declarou: “Agora, já está na hora de darmos uma irmãzinha para o pequeno!”


Olhei para o Diamante e perguntei: O que acha meu filho? Quer uma irmãzinha?


Ele me abraçou e disse: “qué manzinha, papá!”
É, dois votos a favor! Mas primeiro vou precisar arrumar um emprego...


Aqui termina a minha busca pelo Diamante, mas a minha história continua!

3 comentários:

  1. Ah q maravilha ver o Diamante de novo com vcs Forte!!!! Q barra, heim?! ainda bem que passou.

    Espero anciosa pelo restante da história.

    Bjoos

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  2. Ah esse reencontro é tão confortador! A busca pelo Di é angustiante por demais! E que foto mais linda essa sua abraçando o filhote, queridão!

    Aguardando pelas próximas aventuras!

    Bjks!

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  3. Pois é, Deka!
    Foi difícil viu? Foram 24h de terror. Passa tanta besteira na cabeça da gente nestas horas... Enfim! Ele está com a gente e isso é o que importa.

    Pah,
    Realmente o melhor é dar ainda mais valor a preciosidade que é o nosso pequeno! Eu também adoro a foto do nosso abraço.

    Obrigado!!!!
    Um Forte abraço!

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