domingo, 27 de março de 2011

Em Casa

Quando o Diamante voltou para casa, fiquei muito feliz. Foi maravilhoso ter meu filho de volta, mas descobri que tinham mexido nas lembranças dele. Elas estavam vazias! Ele sabia quem eram seus pais, continuava nos amando e ainda adorava a “Tia Cassi”. Mas não se lembrava de nada: de ter começado a andar com o meu auxílio, da mãe ensinar suas primeiras palavras e canções de ninar... Uma fase completa de sua vida foi simplesmente apagada.


Naquela primeira madrugada, eu e Cristal dormíamos agarrados um ao outro, quando ouvi seu choro no quarto ao lado, ele não parava de berrar e chorar. Fiquei muito preocupado, enquanto morávamos no chalé da universidade ele sempre dormiu como um anjinho. Porque agora chorava? Algo estava muito errado com ele, sempre foi um menino alegre e dócil.


É claro, eu não ia deixá-lo chorar e berrar durante o restante da madrugada. Cristal estava muito cansada e eu não quis acordá-la. Acomodei a minha luz na cama e fui acalmar o pequeno.


Entrei no quarto e ele parou de chorar, mas parecia triste e abatido. Eu queria acreditar na máxima: “criança se recupera rápido”. Mas minha intuição dizia o contrário. Ele havia passado pouco mais de um dia longe dos pais, mas foi o suficiente para afetar a felicidade do pequeno.


Ao me ver logo pediu colo e falou: “sonhu ruiim, minino mau papá!” Eu o peguei no colo e perguntei sobre o menino: “bateu nim eu”.


Bom, isto é natural quando crianças se encontram juntas... Nem sempre se dão bem. Mas o Diamante é muito novo e nunca havia estado com outras crianças antes. Até então não conhecia a maldade do mundo. Aquilo era o suficiente para deixá-lo abatido e triste.


Eu o abracei e tentei confortá-lo. Contudo não iria mentir para ele, mesmo tão novo precisava saber a verdade: Ah, pequeno, no mundo tem gente boa e má! Umas gostam da gente e outras não gostam, mas gente boa não bate nas outras. Eu tentei explicar de forma simples, mas não sei o quanto ele entendeu.



Ele me abraçou e falou: ”Mita genti boa”.
Pensei: Quem é Mita? Antes que eu pudesse formular a pergunta, a Cristal apareceu. Estava preocupada, pois quando acordou não me viu na cama.


Eu e o pequeno ficamos fascinados com sua presença. Tá, eu sou realmente apaixonado pela minha luz! E qual o menino não tem um encantamento especial pela mãe? Ainda mais na idade dele, tão dependente.


Perguntei ao pequeno se ele estava bem. Ele respondeu com um sorriso no rosto e um balançar positivo da cabeça. Eu precisava conversar com minha esposa e contar sobre o pesadelo do Diamante. Deveríamos tomar muito cuidado com ele, afinal passar um dia na casa da Assistência Social tinha mexido muito mais com nosso filho do que havíamos imaginado.


No dia anterior, logo após a Assistente Social sair, eu resolvi mandar um email para os meus amigos contando sobre a volta do Diamante: Já encontramos o Diamante! Esta manhã a assistente social o trouxe de volta para a casa. Agradeço a todos pelo carinho, cooperação e compreensão. Pretendemos passar o dia em família para curtir o nosso pequeno e por isso preferimos não receber visitas hoje. Obrigado!


Depois de atualizar meu diário contando a história do sumiço do Diamante. Resolvi procurar um emprego pela internet, foi bem rápido. Mal abri a busca de empregos e achei um quase no topo da carreira de Designer de Games, fui aceito na mesma hora e começo a trabalhar amanhã! Nunca imaginei ser tão fácil arrumar um emprego.


Quando subi, Cristal ainda estava dando banho no pequeno, ela já tinha cuidado de todas as suas necessidades. Era a minha vez, pois estava com a mesma roupa há dias. Eu tenho pavor de ficar com aquela fumacinha verde!


Ao final do meu banho, minha luz estava trocando a roupa do Diamante. Ela parecia muito abatida e cansada. Peguei o pequeno no colo e disse para ela descansar um pouco, enquanto eu cuidava dele. Não pretendia deixá-lo sozinho, eu expressaria com clareza o quanto o amava. Apagar de sua memória a ida para a casa da Assistência e mostrar que eu nunca tive a intenção de abandoná-lo.


Fui brincar com o pequeno de “Achou!”, nós nunca brincamos disto antes. Eu havia aprendido a brincadeira há pouco tempo e queria estimular um sorriso do Diamante com a novidade.


Mas quando tapei meus olhos ouvi alguns murmúrios desconexos, a brincadeira não parecia estar agradando. Olhei para o Diamante e ele estava prestes a chorar. Caraca, como pude ser tão insensível! Ele estava com medo de me perder de novo.


Imediatamente passei a fazer cócegas nele. A velha brincadeira funcionou muito bem. Em pouco tempo ele estava sorrindo e eu só parei quando o pequeno já estava sem fôlego de tanto rir.


Nós já estávamos um bom tempo brincando, quando a Cristal sentou conosco no chão. Sua aparência estava bem melhor, o abatimento tinha sumido por completo. Passamos a tarde toda com o pequeno. Nossas ações demonstravam o quanto o amávamos e espero realmente que ele tenha percebido isto.


No início da noite notamos o esforço do nosso filho para se manter acordado. Então Cristal me pediu para colocá-lo na cama, enquanto ela ia fazer o jantar. Fez questão de dizer: “Acho bom o senhor vir comer, não quero perder o marido por inanição e muito menos deixar meu filho órfão de pai. Você não comeu nada o dia todo!”
Eu não comentei, mas enquanto o Diamante tomava a mamadeira da tarde, comi um pacote de fritas.


Dei uma mamadeira para o pequeno, coloquei-o no troninho e por fim lhe contei uma história. Só então levei-o para o berço e tão logo ele se viu na cama, desmaiou de sono.


Ao descer, minha luz já havia preparado uma de suas delícias: espaguete ao molho pesto. Era a primeira refeição decente que eu comia há dias!


Tentei apreciar a deliciosa comida a minha frente, porém não conseguia tirar da cabeça o medo do pequeno enquanto brincávamos de “Achou!”. Como sempre, Cristal percebeu algo estranho e me perguntou por que eu estava tão distante.


Eu comentei o ocorrido durante a brincadeira e minha apreensão. Não queria ver nosso filho crescer tão temeroso. Minha esposa falou: “Ah, Forte, também estou preocupada com o Diamante! Mas tudo é muito recente, devemos dar tempo ao pequeno para se recuperar. Vamos observar seu comportamento e continuar a dar amor e carinho. Por enquanto é tudo o que podemos fazer por ele.”


Depois disso ela colocou sua mão sobre a minha, e eu senti uma grande força emanando daquele gesto. Algo superior a nossa atração, pleno de conforto e carinho. Como se o seu amor pudesse se tornar palpável em um simples toque de mãos.


Logo após o jantar eu peguei um vizinho indesejado no jardim! Era um cachorro e ele cavou um enorme buraco no gramado, além de enxotá-lo ainda tive que tapar o buraco. Lembrei do condomínio, se estivéssemos morando lá eu não precisaria me preocupar mais com buracos no jardim. Teria sempre alguém para cuidar disso.


Era a hora de falar sobre uma possível mudança para o condomínio onde nossos amigos estavam morando. Ainda havia um apartamento desocupado e meu senso de oportunidade dizia para mudarmos amanhã mesmo. Então sentei com a Cristal na sala, disposto a discutir o assunto.


E comecei: Minha luz... bem... Estive pensando... Não seria melhor nos mudarmos para o condomínio onde a Acácia e o Olívio estão morando? Sabe, acho que vai ser bom não só para nós, mas para o Diamante também. Estará ao lado da tia favorita e terá onde brincar com segurança.


Ela achou a ideia boa, mas estava preocupada com o quanto gastaríamos morando num condomínio. Mesmo ela já tendo arrumado um emprego e eu também, talvez ainda não fosse a hora de arcar com despesas tão altas.


Fiquei impressionado, ela já tinha arrumado um emprego? Quando?
E sua resposta foi: “Ontem mesmo, antes de você voltar eu me candidatei a um emprego numa revista e eles me colocaram como editora, tudo por causa dos meus livros. Parece que os meus livros têm tudo a ver com o perfil da revista e ter uma autora de sucesso como eu na equipe vai chamar atenção do público!”


Então eu perguntei: E o Diamante, quem vai tomar conta dele? Sua resposta me surpreendeu, mas sei o quanto é importante para ela seguir seu sonho de tornar-se uma magnata da comunicação. Ela sugeriu a contratação de uma babá! Tudo bem, ela só ia ficar com ele por três horas. Mas seria o momento certo para deixarmos o pequeno com uma estranha?


Prossegui com a ideia do apartamento: Este é um bom motivo para mudarmos, com nossos amigos por perto, eles podem cuidar do nosso filho enquanto estamos no trabalho. E afinal, nós dois estaremos trabalhando e ganharemos bem, não vai ser tão difícil assim pagar o condomínio.
Por fim ela concordou com os meus argumentos!


Eu a puxei para o meu colo. Estava muito feliz em mudar para o condomínio. Lá havia piscina, brinquedos para o Diamante, um espaço para festas e o apê vazio era muito maior que a nossa casa. Mas não me agradava nem um pouco deixar o pequeno com outra pessoa.


Ficar abraçadinho a ela me fez perceber o quanto eu me sentia atraído e não resisti a um amasso ali no sofá mesmo. E me lembrei das suas palavras naquela manhã: “Agora, já está na hora de dar uma irmããzinha para o pequeno!”


Resolvi sugerir: E então vamos lá para cima encomendar nossa princesinha? Minha luz aceitou sem nem piscar. Depois de verificar se o Diamante estava bem, fomos tentar fazer a irmããzinha dele!


Como da primeira não ouvimos música nenhuma e a opção ainda estava disponível, tentamos mais uma vez e bem... Tentamos por boa parte da noite!


Por fim nós dois estávamos esgotados e passava da hora de dormir. Nenhuma musiquinha tocou, mas da outra vez que engravidamos, ela também não tocou... Então, quem sabe?


Depois do pesadelo do pequeno, eu e Cristal ficamos muito apreensivos com tudo. Mas prosseguimos cuidando das necessidades do Diamante. Ela fez o trabalho mais sujo. Eu odeio limpar o troninho! Argh!


Troquei a roupa do pequeno e o coloquei no troninho. Ele está quase aprendendo a ir sozinho! Por fim o deixamos tomando mamadeira na sala, sob nossas vistas, enquanto conversávamos. Quando contei sobre o que aconteceu no final desta madrugada, o pesadelo de nosso filho, ela ficou muito desanimada.


Falou até em desistir do emprego por causa do pequeno. Eu me neguei a aceitar sua desistência. Afinal se ela desistisse antes mesmo de tentar, ia ficar o resto da vida amarga e se remoendo por não ter perseguido sua aspiração. Acabaria por colocar a culpa em mim ou no Diamante. Já ouvi sobre muitos relacionamentos desabarem por causa disso. Não poderia permitir.


Ela tentou me convencer: ”Mas Forte, seria só por um tempo, depois eu encontro outro lugar para trabalhar”.
Eu sei o quanto foi fácil arrumarmos um bom emprego agora, mas e se depois ela não conseguisse um emprego na carreira de jornalismo?


Continuei firme. Nós dois iríamos trabalhar e deixaríamos o pequeno com um de nossos amigos. Para isso precisaríamos nos mudar urgente! Antes da carona dela chegar. E finalmente minha luz cedeu: “Então precisamos nos apressar”.


Depois de nos trocarmos, a casa ficou vazia num piscar de olhos. Só guardamos no inventário o computador (eu não queria abandonar aquele, pois tinha o The Sims 3 instalado e a Cristal já havia começado a escrever um novo livro), nossos quadros e fotos. O resto, nós vendemos.


Saímos de lá caminhando. Aliás, esta é uma das grandes vantagens de ser um sim. Não é preciso contratar empresa de mudança, esperar horas para colocarem tudo no caminhão... Nenhuma confusão!


Quando chegamos ao condomínio, nós estávamos novamente na segunda-feira, dá para acreditar?
Já na entrada eu estava empolgado, queria saber a opinião da Cristal sobre o lugar. Esperava que ela se encantasse tanto quanto eu estava.


quinta-feira, 24 de março de 2011

Um Forte entre os Fortes

Ultimamente tenho me sentido menos Forte do que diz meu nome e preciso voltar a ser “um Forte entre os fortes”. Muitas mudanças estão acontecendo neste momento da minha vida e tenho tentado me adaptar. As responsabilidades fora da UNESIM aumentaram, assim como as minhas contas... Às vezes tenho vontade de jogar tudo para o alto: largar filho, esposa, trabalho, me mudar para Três Lagos e viver da pesca de trutas.
O que me impede? O amor imenso que sinto pela minha família! Esta é a minha verdadeira força.


domingo, 20 de março de 2011

Voltando para Casa

Estava quase em casa... Quando passei na porta do novo condomínio, onde a Acácia está morando, lembrei do Olívio dizendo que se mudaria amanhã. Achei justo prepará-la para a sua chegada e resolvi entrar. O lugar era um luxo só! Tinha piscina e até um parquinho para as crianças... Será que o aluguel é muito caro?


Quem abriu a porta foi o seu namorado. Ela estava sentada no sofá e não pisquei, falei sobre o Olívio. A Acácia riu e disse já estar sabendo de tudo. O Kléverson veio contar a novidade, logo ao final da tarde. Aí me perguntou sobre o Diamante... Eu fiquei olhando para aquele belo teto de madeira e me deu uma dor no peito enorme. Como sentia falta do pequeno!


Finalmente desabei... Comecei a chorar como um bebê. Estava apavorado só de pensar: e se?! Nem conseguia completar a frase. Ainda bem que o namorado da Acácia saiu da sala. Ia ser o maior vexame chorar na frente dele! Nem sei quanto tempo se passou, só me lembro das palavras de conforto da Acácia: “Tenha fé, ele vai voltar amanhã.”


E completou: “Se a Cristal te vir assim, vocês vão passar a noite chorando e pensando bobagens! Honre seu nome e seja Forte!” Só me deixou sair de lá quando fiquei mais calmo. Então eu a abracei e me despedi. Realmente não tenho uma amiga melhor. Acho bom o Olívio fazer tudo pela sua felicidade, senão vai acabar perdendo um amigo.


No caminho de casa passei na porta da Igreja onde eu e Cristal nos casamos. Senti uma paz tão grande emanando de lá que resolvi entrar. Dentro da Igreja, o Padre Augusto e a Irmã Luzia estavam rezando. A atmosfera do lugar era tão aconchegante e convidativa...


Acabei por me unir a eles para as orações. E comecei pedindo:
Eu sou um humilde sim, sei que não sou nada mais que um instrumento de uma força superior. Nunca pedi nada, tenho muitos desejos realizados, eu bem sei! Mas desta vez eu peço, mesmo que nunca mais um desejo meu se realize... Existe apenas um pedido que desejo atendido: Faz meu filho voltar para mim. Preciso criá-lo e vê-lo crescer. É tudo o que eu peço.
Depois disso me envolvi nas orações, senti uma paz aquecer e aquietar meu coração.


Ao final das preces, Padre Augusto olhou para mim sorrindo. Percebi um convite implícito naquele sorriso. Quando nos sentamos, contei toda a minha saga e o quanto a oração me confortou.


Por fim ele falou: “É meu filho, existem forças que comandam o Universo. Às vezes elas agem de forma contrária ao que desejamos e acabamos nos questionando o porquê desta vida, qual a validade de estarmos aqui se nem ao menos temos certeza de que vamos atingir nossas metas. Mas saiba, mesmo que nossos pedidos não sejam atendidos, tudo acontece para nos fortalecer e nos tornar sims melhores. Tenha fé!”


Eu saí da Igreja mais tranquilo e só pensava naquela frase: “Tenha fé!”
Quando estava chegando a nossa casa, vi Cristal deitada na grama olhando para o céu estrelado. Sentei-me ao seu lado para falar como foi o dia, meu amor estava desolada. Pensei em contar as loucuras ocorridas durante a tarde e a noite, mas desisti, ela precisava mais do meu apoio. Foi um dia duro para nós dois.


Minha esposa necessitava mais de carinho e uma dose de otimismo. E para isso eu me deitei sobre a grama e a puxei para os meus braços. Mesmo eu estando preocupado com a situação, não podia deixar de acreditar na volta do pequeno amanhã. Nós dois precisávamos pensar positivamente: a assistente social traria o Diamante para casa e tudo ficaria bem!


Cristal comentou: ”É tudo o que mais desejo Forte! Se você me disser que ele vai estar aqui amanhã de manhã eu vou acreditar... Desde o nosso casamento, você nunca mentiu para mim e confio na sua palavra.”


O que eu poderia dizer? A verdade: sinto muito meu amor, mas não tenho esta certeza, só fé. Claro que não! Falei: Ah minha luz, tenho certeza, vai ser nosso filho a sair do carro da assistente social amanhã! Minha resposta a fez sorrir. Eu rezei com toda a fé, não podia falhar com a minha esposa. Nosso filho tinha que voltar amanhã.


Entramos em casa e percebi a sala já estava toda mobiliada. Como eu amo esta sim! Eu saí de casa pela manhã e não havia nada além de um telefone em casa. Como ela conseguia mobiliar a casa toda em tão pouco tempo, com tanta preocupação? Na mesma hora a Cristal respondeu: “Eu precisava me ocupar com alguma coisa para não enlouquecer!” No quarto, ficamos nos confortando boa parte da noite. Abraçados por quase toda a madrugada, sem conseguir dormir.


Pouco antes de amanhecer a Cristal desmaiou de sono em meus braços, aos poucos meus olhos foram fechando e nós dois dormimos por cima das cobertas, ainda vestidos. Na manhã seguinte acordei com o barulho de um carro estacionando na porta. Olhei pela janela e era a van azul da Assistência Social.


Eu desci correndo a tempo de ver a assistente sair do carro. Minha luz caminhou aflita na direção da van, não se contendo de ansiedade. Precisávamos ter certeza que o menino no carro era o nosso filho.


Eu a segui tentando enxergar dentro da van, ver quem era a criança. Tinha que ser o meu pequeno! Então eu o vi. Parecia realmente ser o meu filho, mas o moleque estava muito abatido e triste.


Cheguei mais perto e tive certeza: era o Diamante! Quando me viu, ele abriu o maior sorriso. Mal acreditei, meu filho estava de volta!


Eu comemorei a sua volta, sabendo quanta sorte eu tinha por poder estar com meu filho novamente. Só quem tem filhos pode entender a aflição pela qual passamos, a agonia de imaginar se um dia vamos ver seu rostinho de novo, sentir seu cheiro, abraçá-lo, vê-lo crescer e formar sua própria família.


A assistente social passou o menino para os braços da Cristal. Só após dar uma olhada na fachada da casa, como se quisesse descobrir nossa situação financeira! Foi quando começou a falar algo sobre ter mais cuidado com o pequeno.


Minha luz me passou o Diamante e ficou tentando entender o a observação como algo bom, mas logo se destemperou e disse: “O que eu podia fazer se crianças não saem com os pais da universidade? A Assistência Social é que deveria ser mais cuidadosa e trazer nosso filho direto para casa, sem causar tanto estresse e confusão!”


A assistente social achou coerente a colocação da minha esposa. Os pais poderiam ligar antes de sair da Universidade para a Assistência Social, e quando chegassem a casa, o bebê seria entregue em poucas horas. Bom, mas para isso acontecer teriam que criar novos mods*...

*mods são programas que modificam o jogo original.


Minha esposa adorou a ideia! E as duas ficaram ali batendo papo como velhas conhecidas, até a assistente mencionar seu trabalho por fazer e se despedir apressada.


Quando a Assistente se afastou, Cristal declarou: “Agora, já está na hora de darmos uma irmãzinha para o pequeno!”


Olhei para o Diamante e perguntei: O que acha meu filho? Quer uma irmãzinha?


Ele me abraçou e disse: “qué manzinha, papá!”
É, dois votos a favor! Mas primeiro vou precisar arrumar um emprego...


Aqui termina a minha busca pelo Diamante, mas a minha história continua!