sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Meu Encontro com a Cristal


Depois da prova final, eu não via a hora de me encontrar com a Cristal! Troquei de roupa rapidamente e fiquei esperando o táxi vir me buscar pensando na minha luz. O tempo estava passando muito lentamente e o táxi demorou uma eternidade para chegar!



Como o dia estava lindo e ensolarado, levei Cristal ao parque. Ela adorou a ideia e pulou para o meu colo animada com o passeio. Aproveitando a situação eu a deixei descer pressionando meu corpo ao seu, buscando o máximo de proximidade entre nós e a mantive bem perto para beijá-la.



Eu queria aprofundar aquele beijo, mas estávamos na frente do parque e não quis chamar muita atenção dos passantes. Cristal me parabenizou pela escolha do lugar, achou muito romântico. O nome do Parque é Labirinto Verde Perdido de Amor. Muito sugestivo... Mas é assim que me sinto: perdido de amor por esta sim!



Puxei minha luz pela mão e a levei para um cantinho mais afastado. Não conseguia desgrudar meus olhos dos seus e finalmente disse o quanto ela estava irresistível naquele vestido. Trouxe-a para os meus braços me embriagando com o seu perfume. Simplesmente eu não tinha palavras para expressar o que eu sentia naquele momento.



Resolvi apenas demonstrar meus sentimentos em um beijo apaixonado e quente. Eu não me cansava de beijá-la. Ter Cristal em meus braços, seus lábios de encontro aos meus, sentir o calor da sua boca macia contra minha e o seu sabor era ao mesmo tempo o paraíso e uma tortura. Só pensava no quanto eu desejava fazer meu primeiro oba-oba com ela.



Mas ali não era lugar para isso, nos afastamos afogueados e ficamos de mãos dadas deixando nossa temperatura voltar ao normal. Dizendo tudo sem palavras. Os olhos de minha luz brilhavam e eu tinha certeza que os meus refletiam na mesma intensidade. Foi muito difícil soltá-la mesmo que por alguns instantes. Não queria deixar de sentir o calor das suas mãos macias de encontro com as minhas.



Tive uma surpresa quando Cristal me chamou para mais perto e segredou em meu ouvido o quanto estava excitada com nosso encontro. Neste momento eu tive certeza: se eu a levasse para casa ela não iria recusar nada! Mesmo assim eu queria ter um encontro perfeito, levá-la para dançar e jantar. Eu nunca levei ninguém para jantar fora!



Como eu fiquei quieto com sua insinuação, ela ficou preocupada e me perguntou o que eu achava dela. Ela estava insegura!? Na mesma hora respondi que ela era minha almasim gêmea. Eu a acho linda, irresistível, eu mal tinha palavras para descrever a sim maravilhosa diante de mim.



Minha luz ficou fascinada com meus elogios e fez uma carícia delicada em meu rosto. Ainda bem que eu havia feito a barba, não ia querer arranhar aquelas mãos delicadas, né? Sem resistir ao seu toque, eu a trouxe para mais perto e voltei a beijá-la com paixão.



Assim que a noite caiu brigamos um pouco com os travesseiros (olha a telecinésia sim aí gente!), para relaxar a tensão e baixar a temperatura. Eu queria aproveitar um pouco a noite da cidade com a minha luz. Peguei a mão dela e perguntei o que ela achava de irmos a uma boate para dançar um pouco antes do jantar? Ela concordou na mesma hora.



Assim que chegamos Cristal começou a dançar. Eu nem conseguia respirar! Fiquei embasbacado olhando aquela beleza esbanjando sensualidade na pista. Percebendo minha dificuldade em acompanhar seus passos, ela parou e com um carinho me perguntou o que houve.



Não resisti, a puxei para perto e a beijei loucamente. Eu estava completamente perdido, precisava aliviar aquela tensão e sabia que não iria resistir muito tempo. Minha luz parecia tão envolvida quanto eu e correspondeu avidamente. Estávamos completamente envolvidos por nossos desejos. Nós dois só desejávamos realizar nosso primeiro oba-oba juntos.



Cristal me convidou para sua casa, dizendo o quanto me desejava. Fiquei eufórico e aceitei na hora. Dane-se o jantar! O triste de ser sim é que temos de seguir algumas regras absurdas... Ao invés de chamar o táxi pelo celular ela teve que andar até o orelhão para ligar. Claro que a acompanhei, afinal não queria me afastar dela por um minuto sequer.



Após desligar o telefone minha luz me abraçou forte (o Forte... Hehehe) e percebi uma certa apreensão e dúvida em seu abraço. Queria dissipar qualquer medo ou tensão e a beijei apaixonadamente demonstrando todo o meu amor e desejo.



Estávamos muito ansiosos. Cristal correu para o táxi e eu nem tive a chance de abrir a porta para ela.



Ao chegarmos no Grêmio o relógio voltou a marcar três horas da tarde. Vai entender! Quis ser romântico e a coloquei no colo. Minha intenção era carregá-la até a cama.



Eu me chamo Forte, mas não sou tão forte assim... Tive que fazer uma parada no hall. Resolvi ser mais galante e segurei sua mão. Assim eu recuperava o fôlego por tabela.



Quando beijei a mão da minha luz, sua expressão era de total entrega. Acho que esta parada foi providencial nos dois sentidos!




Carreguei Cristal em meus braços até seu quarto e percebi o quanto ela estava trêmula. Não sabia se era desejo ou medo. Na dúvida a coloquei no chão e a beijei como nunca. Tentando descobrir o significado dos tremores.



Ela correspondia com o mesmo calor que eu e seu corpo estava tão quente quanto o meu. Só podia ser desejo! Depois desta constatação tudo aconteceu muito rápido, nem sei como ela ficou apenas com suas roupas íntimas. Eu a provoquei com beijos em seu colo.



Minha luz correspondeu colocando seus lábios quentes e macios sobre os meus. Selamos um acordo mútuo com um beijo.



Cristal se atirou sobre mim na cama e me beijou cheia de paixão. Eu tentei trazê-la para perto, puxando de encontro ao meu corpo! Eu ia fazer meu primeiro oba-oba com minha luz e vibrava por antecipação.



De repente ela se desvencilhou dos meus braços, murmurando algo que na hora não entendi direito. Só pensava no oba-oba que estava prestes a fazer. Então ela me acariciou e disse que não tinha percebido o tempo passar, sua aula começava em menos de uma hora! Foi um balde de água fria sobre a minha cabeça.



Eu a soltei e fiquei revoltado nem queria conversa. Cristal tentou explicar o quanto desejava fazer oba-oba comigo, mas não podia deixar de assistir aula. Por que eu tive que me apaixonar por uma nerd?



Levantei-me correndo, prestes a ir embora sem nem olhar para trás. Mas ela percebeu o meu movimento. Parou a minha frente dizendo o quanto me desejava, porém não queria fazer seu primeiro oba-oba preocupada com a aula. Fiquei sem graça. Afinal eu a amava e não ia brigar com ela por causa do meu desejo frustrado.



Por um momento olhei para ela e reconheci a linda sim pela qual me apaixonei. Cara, como é irresistível esta minha namorada! Eu não conseguia ficar bravo com ela. Eu a abracei para não olhar mais. Entretanto a proximidade do seu corpo contra o meu e seu perfume quase me tiraram do sério.



Minha luz terminou o encontro com um beijo rápido. Colocou o vestido e saiu correndo pela porta.



Eu desci resolvido a esperar por ela. A Rita me abordou, falando o quanto sentiu saudades dos meus amassos. Fiquei super sem graça. Será que a Cristal ainda não contou nada para ela?



A sim continuou seu assédio Colocou a mão em meu ombro e falou que me achava um gato. Fiquei completamente sem ação. Ela acabou se aproveitando da minha imobilidade e incredulidade, para me agarrar.



Só percebi o que ela queria quando veio o beijo! Eu a empurrei de leve para terminar com aquilo, mas a Rita estava convencida que me agradava agindo daquela forma.



Tive que dar um basta. Minha vontade era dar um tapa naquela louca. Mas apenas ameacei. Falei o quanto estava apaixonado por Cristal, e nunca iria pensar em trair a sim que amo. Nem lembro mais as palavras exatas que usei, algumas não merecem ser escritas de tão baixas... Eu estava prestes a explodir.



Mas o que ficou martelando na minha cabeça foi a total indiferença dela quando eu falei do namoro com a Cristal. Como se já soubesse. Apesar do calor do momento eu não esqueço aquele rosto. E me dá arrepios imaginar... Não, só posso estar enganado!



Eu queria mostrar a minha luz que não estava chateado pelo momento pouco propício para o término do nosso encontro. Como eu não quis ficar sozinho com a Rita no Grêmio, preparei uma surpresa, para quando ela chegasse da aula.



Deixei um buquê de rosas na porta de entrada, com um cartão:
Para minha luz,
Você iluminou meu dia e cada instante ao seu lado é o paraíso.
Obrigada pelo encontro inesquecível.
Do sim que te ama apaixonadamente,
Forte

É, eu entrei para o rol dos sims abobalhados, quero dizer, apaixonados.



Mal cheguei ao meu quarto o celular tocou. Era a Cristal. Acabou de chegar da aula e deu de cara com as flores. Ligou para agradecer. Adorou tudo e ainda disse o quanto me ama. Sou ou não sou o sim mais feliz do mundo?



Pensou que ia me encontrar esperando por ela para terminar o nosso... hã... assunto mal resolvido. Agora eu realmente sou o sim mais feliz do mundo!



Eu tenho um novo passatempo: adoro ficar olhando as estrelas. Resolvi desanuviar um pouco olhando as luzes que piscam no céu, mas não parava de pensar na minha luz.



Quando uma estrela cadente rasgou o céu, eu tive certeza: tudo ia se acertar. Então relaxei e aproveitei a noite olhando os corpos celestes e elaborando um jeito de me encontrar com a Cristal em algum lugar onde não houvesse a chance dela sair correndo na hora H ou da Rita nos atrapalhar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quem é Cristal?


Entre as visitas da Cristal à República, eu fui visitá-la uma vez de surpresa no Grêmio. Acho que a peguei desprevenida, pois estava muito a vontade... E deliciosa naquele shortinho. Não resisti e a beijei ali na calçada.



Lá dentro nos sentamos no chão e contei para minha luz do diário que estava escrevendo, desde que entrei para a universidade.



Empolgada, ela me contou que escrevia um também e nunca tinha mostrado para ninguém. Pedi para ver e ela me atendeu na hora. Fiquei apenas ouvindo sua voz doce contar sua história, embora me mostrasse as fotos, não me deixou ler:



“Minha criação aconteceu já na Universidade, então não tenho nem pai, nem mãe, nenhum parente. Fiquei ali parada, em uma sala com espelho, esperando resolverem quais roupas eu ia usar e tudo mais.
Ei Forte cadê a foto com biquíni?”
Eu roubei a foto, é claro! Hehehe



“Quando fiquei pronta me mandaram para a casa do Grupo Brilhante. A primeira pessoa a me receber foi a Joana, super simpática estava empolgada com a minha vinda para casa. Lá também mora o seu namorado: o Martins.”



“E a minha companheira de quarto, a Amélia. Ela não largou o livro para me receber. Naquela hora, pensei que ia ser muito difícil a convivência com ela.”



“Mas me enganei, em pouco tempo já estávamos conversando. Apesar do seu jeito um tanto arredio e pessimista, nos tornamos boas amigas.”



“O Martins, eu só via aos beijos com a namorada ou estudando. Mal falava bom dia para mim. E eu não me aproximei muito, era constrangedor morar na mesma casa que um rapaz e dividir o mesmo banheiro.”



“Eu conheci a Rita em uma das aulas e fizemos amizade rapidamente. Ela morava no Grêmio, volta e meia eu passava por lá para botar as fofocas em dia. A sim sabia de tudo que acontecia no campus. Para minha surpresa eu a flagrei agarrando o Martins em uma das minhas visitas.”



“No primeiro momento eu pensei que ela havia forçado a barra, mas logo em seguida ele correspondeu com ardor. Que safado!  Pobre Joana!  Escondi-me até ele sair assoviando e muito feliz por sinal!”



“Abordei a Rita um tanto decepcionada com a cena, ela com certeza deveria saber que ele tinha uma namorada! Antes de esboçar minha desaprovação, ela me segredou o que estava acontecendo entre eles. Ela o tinha levado para o quarto ainda pouco e lhe dado um amasso, como ele não resistiu, prosseguiu em sua conquista. ”



“E os dois fizeram oba-oba naquela mesma tarde. Ao final o Martins ficou todo derretido, pois foi a sua primeira vez. Segundo a Rita, a namorada vem 'negando fogo há muito tempo e o coitado precisava aliviar a tensão', só deu uma ajudinha. Fiquei passada!”



“Ainda por cima me pediu segredo, pois não queria atrapalhar o namoro dos dois! Nas palavras dela: ‘Foi só um serviço de caridade, a Joana me agradecerá, pois eu ensinei o Martins direitinho!’
Eu gosto muito da Rita, mas esta história comprovou o quanto pensamos diferente em relação aos romances...”



“Resolvi ir para o clube de culinária, onde normalmente eu me distraio e esqueço dos problemas. Bater uma massa é a melhor forma de me ocupar nestas horas.”



“Entrei numa competição fazendo minha especialidade: cheesecake. Lá em casa todo mundo adora e me elogia, resolvi tentar o concurso. A juíza apreciou muito, cheirou e aprovou. Mas quem ganhou o concurso, foi a fulana que fez lagosta!”



“Fiquei irada! Não sei o que os sims veem de tão fabuloso nas lagostas, minha cheesecake, é muito melhor, tenho certeza. Isto me distraiu do problema, por algum tempo...”



“Até chegar a casa... Justo a Joana veio mexer comigo, pois viu minha cara de insatisfação. Comecei a me sentir culpada, uma garota tão legal não merece tal desfeita. Voltei ao meu dilema, conto ou não conto sobre o namorado dela e a Rita? Ela não merecia uma desilusão desta e uma das minhas melhores amigas me pediu segredo...”



“O namoro dos dois parecia cada vez melhor... Quem sou eu para estragar ou me meter nisso? Eu realmente me sentia culpada e ao mesmo tempo dividida entre a lealdade a duas amigas.”



“Fui conversar com a Rita. Primeiro contei sobre o episódio do concurso. Ela me deu razão: adorava minha cheesecake.”



“Depois comentei sobre a nossa amizade e como eu me sentia dividida por não contar nada a Joana. Sobre a lealdade que eu devia as minhas duas amigas.”



“Ela resolveu contar a história dela. Assim que entrou na UNESIM, conheceu um carinha do Grêmio. Ele a seduziu e levou para cama em pouco tempo.”



“Depois de ter feito seu primeiro oba-oba com ele, o rapaz riu da sua inexperiência e disse que ela tinha que ser mais esperta se quisesse conquistar um namorado.”



“Ela saiu chorando do quarto, e secando as lágrimas prometeu a si mesma que nunca mais ia levar um homem a sério. Ninguém a faria chorar novamente! O rapaz era irmão do Martins. Foi quase uma revanche seu encontro com ele naquela tarde.”



“Embora tudo parecesse muito errado, eu podia entender o trauma da Rita e resolvi não falar nada para a Joana. Abracei minha amiga e fui para casa decidida. Mesmo assim, tive dificuldade para dormir.”



“Passado uns dias me vi envolvida por um inexplicável tédio. Durante os estudos, eu às vezes pensava em como seria se eu tivesse um compromisso sério com um jovem sim e me distraia imaginando estar noiva, formada e prestes a montar uma família. Sonhos que pareciam completamente distantes...”



“Nestas horas, eu guardava o livro e ia espairecer. Em uma saída destas, encontrei o Kléverson em Bela Vista. Eu já o conhecia do campus, mas fortalecemos nossa amizade neste dia.”



“Ele me pediu auxílio para escolher umas roupas novas e fiquei feliz por ele apreciar meu gosto por roupas. Por um momento, pensei se não haveria uma segunda intenção no convite. Ele é um cara muito legal, mas não me sentia atraída por ele.”



“Foi só encanação minha, ele se comportou como um gentleman durante todo o tempo, escolheu suas roupas e em nenhum momento me chamou até a sua cabine, vinha sempre me mostrar sua escolha. Ao se despedir me abraçou amigavelmente.”



“No dia seguinte eu conheci o Forte. Quando ele resolveu voltar para sua República, nós já éramos amigos e eu estava completamente apaixonada!”



“Contei para a Giuliana, uma das minhas melhores amigas, o quanto eu estava perdidamente apaixonada pelo Forte. Naquela mesma noite eu entrei para a sociedade secreta Quero-tudo-que-é-seu. Foi um dia inesquecível!”



“Resolvi lutar por ele e fui à sua República decidida a encontrá-lo, quem me atendeu foi a Acácia e disse que logo ele estaria de volta. Começamos a conversar sobre o tempo e acabamos evoluindo para assuntos mais profundos.”



“Enquanto ele não chegava a conversa evoluiu sobre a Universidade, as nossas especializações e o motivo das nossas escolhas, nossas aspirações, enfim, sobre as nossas vidas. Gostei muito da Acácia! Fico envergonhada comigo quando penso que de início me aproximei da jovem sim apenas por ser uma das amigas do Forte.”



“Quando pensava que tinha virado a página depois de ter visto o Martins com a Rita, eu o via se atracando com Joana pela casa. e me revoltava. Lembrava de todos os detalhes sórdidos e me sentia como uma cúmplice de sua traição... Porém tinha prometido não contar nada.”



“Contudo o pior aconteceu e mudou tudo dentro daquela casa. Eu estava ensaiando uns passos de dança, esperando o Forte me convidar para sair e dançar. Foi quando o Martins começou a me olhar como se quisesse um pedaço meu.”



“Aquilo foi o fim. Assim que ele saiu, me sentei no meio da cozinha, chocada. Eu tinha que me mudar. Não podia morar mais sob o mesmo teto que eles. Ia acabar perdendo a razão e falando o que não devia, magoando a Joana!”



“Pedi uma reunião com as meninas do Grêmio. Queria permissão para me mudar, afinal eu era amiga de todas ali e integrante da Fraternidade. A Tifânia me perguntou o que eu poderia fazer por elas, afinal a minha bolsa era ínfima, mesmo com boas notas, não ajudaria a pagar as contas da casa.”



“Joguei com minha maior habilidade: eu cozinho muito bem!  E a Rita confirmou na hora. Completei, comentando sobre os vários amigos que tenho no campus, e como isso aumentaria muito o status do Grêmio.”



“Tifânia disse que cozinhar bem já era o suficiente, pois elas eram péssimas na cozinha e iam acabar gordas de tanto comer pizza. Todas me acolheram muito bem.”



“Antes de me mudar pedi uma reunião com o Grupo Brilhante. Falei sobre a oportunidade irrecusável de morar no Grêmio e estava prestes a me mudar. Não esqueci de mencionar o quanto estava agradecida pela acolhida na casa. O Martins ficou a me olhar com aquela cara de safado, mas não comentou nada.”



“Enquanto as meninas se despediam de mim, ele foi estudar! É difícil eu não gostar de alguém, mas não conseguia encontrar nada de bom naquele carinha. Principalmente depois de ter andado com a Rita e traído a namorada.”



“Fui correndo até a República dar a notícia para o Forte, mas só encontrei a Acácia. Mesmo assim estava empolgada e contei para ela sobre a mudança. Ela me contou uma história horrível sobre ele ser o “rei dos amassos”, e isso arrasou com as minhas esperanças.”



“No dia seguinte, voltando da aula o vi no maior flerte com a Rita! Só pensava na história dela não se envolver, e dele não se envolver. Morri de ciúmes e medo de o perder para os braços experientes daquela sim. Por isso perdi a razão e briguei com ele naquele dia. Estava apavorada com a ideia de nunca conseguir conquistá-lo e com receio de o ter magoado com o meu arroubo.”



“Resolvi conversar com a Acácia e sondar se o Forte estava magoado comigo, ela finalmente percebeu o quanto eu estava apaixonada. Disse que passou por isso também, me aconselhou a esquecer os beijos quentes e partir para outro.”



“Contei para ela que o Forte nunca tentou nada comigo, sempre me tratou como uma irmã e até muito respeito. Não tivemos um beijo, aliás, eu só havia beijado o tal sim anônimo e nem me lembrava dele!”



“Eu estava um tanto ansiosa, sem saber o que fazer e resolvi ocupar meu tempo com uma renovação no guarda-roupa e nas meninas do Grêmio. Convenci as meninas a mudarem o visual ultrapassado e as levei ao salão. Rita foi a primeira a se candidatar para mudar seu penteado.”



“Com o visual renovado e melhorado da Rita, as outras duas sentaram na cadeira do salão sem medo. E posamos para uma nova foto do Grêmio, todas felizes com um visual mais apropriado às primeiras damas do Campus.”



“Também mudei outros hábitos naquela casa, como sempre fui estudiosa, eu chamava as meninas para estudarem comigo. Assim, suas notas começaram a subir. Ficaram empolgadas e sempre que eu me sentava para estudar elas me acompanhavam.”



“Quando passei para o segundo ano a Acácia me convidou para um passeio e contou a novidade: estava noiva do Olívio. Perguntou sobre minha vida amorosa, mas eu ainda estava apaixonada pelo Forte e não tinha nenhuma novidade, continuávamos amigos.”



“Eu quis saber mais sobre os planos para o casamento. Ela ainda acha cedo, primeiro pretende terminar a UNESIM, depois pensa em casar e formar família. Na realidade o noivado é uma forma de reafirmar o amor entre os dois. Fiquei feliz por ela, mas eu pouco conhecia o Olívio. Sabia apenas que era o melhor amigo do Forte e estavam sempre juntos.”



“Uma noite o Forte veio até o Grêmio saber de mim. Fiquei feliz, por ele não ter se chateado comigo naquele dia e cheguei a acreditar que iria marcar um encontro comigo. Quando falou sobre o seu compromisso com os 'amigos', eu tive certeza da sua mentira: ia sair com outra daquelas simgatinhas. Eu continuo apaixonada, mas ele nem me enxerga!”



“Certa noite a Rita chegou muito agitada de um encontro, cedo demais e desacompanhada, o que era uma novidade. Não disse nada, fez uma ligação e foi para o seu quarto.”



“O Castor, um rapaz que mora no Grêmio em frente, foi direto para o seu quarto. Meia hora depois ele saiu apressado, mas com ar de felicidade e notei que a Rita fez mais uma ligação.”



“Quando o Laurindo, outro rapaz do Grêmio, passou direto pela porta e subiu em direção ao quarto da Rita. Aquele quarto ficou bem movimentado durante toda a noite, o maior entra e sai!  Algo aconteceu no tal encontro... Ela estava descontando sua frustração usando todos os rapazes que conhecia.”
Ao contar este episódio, me perguntei se aconteceu na noite do meu encontro com a Rita, mas seria muita arrogância acreditar ter deixado a jovem sim neste estado.



“Finalmente eu tive minha chance com o Forte, ele veio a festa da toga e tentei seduzi-lo dançando de forma sensual!”



“Aos poucos me vi abraçada por ele. Foi muito bom, mas fiquei apavorada. E se ele quisesse apenas me dar um amasso e não mais me procurar? O que eu preferia, tê-lo uma única vez ou manter nossa amizade? Não tinha certeza.”



“Mais tarde fiquei sabendo que enquanto eu estava no maior dilema nos braços do Forte. Dentro de casa a Rita estava no maior amasso com o Laurindo, e o Klaus observava! Ela disse que isso a deixou ainda mais empolgada e foi direto para o quarto. Às vezes me pergunto por que não sou mais atirada, não como ela, mas pelo menos um pouco mais.”



“Como não consigo ser assim, acabei inventando uma guerra de travesseiros. Para resistir ao calor do momento e não precipitar as coisas entre nós. Precisava de um tempo para refletir melhor sobre a situação.”



“No final da festa, depois que o Forte saiu, é que consegui cumprimentar meus amigos. O Kléverson estava lá e eu mal conversei com ele. Cheguei a ser mal-educada com meus convidados por causa dele.”



“Depois da festa fui à República conversar com o Forte, mas só encontrei o Olívio. Ele contou sobre sua parada no bar antes de vir para casa. Fiquei tão enciumada que acabei desabafando com o seu amigo. Perguntando como ele podia estar na cidade com outra depois de dançar comigo a tarde inteira de modo insinuante?!”



“Olívio disse o óbvio como se não pudesse acreditar: ‘você está apaixonada por ele!’ Então confessou que O Forte tinha ido beber, e sozinho. Fiquei mais aliviada. E acabei conversando com ele até a Acácia voltar da aula. Nós nos tornamos bons amigos naquela noite.”



“Empolgada, depois do Olívio me assegurar que ele tinha ido beber sozinho, contei para a Acácia a minha experiência daquela tarde.”



“Ela não me deu esperanças: ‘você merece coisa melhor, eu gosto muito do Forte, mas ele não está pronto para um relacionamento sério, parte para outra!’
Saí de lá arrasada. Ele estava num bar sozinho e isso poderia significar outra simgatinha na sua noitada. Minha amiga dizendo da sua impossibilidade de se relacionar a sério. Chorei a noite toda até dormir.”


“Contudo na noite seguinte ele se declarou e me fez a sim mais feliz do mundo! E quando o Forte disse que estávamos namorando sério, mal pude acreditar na minha sorte.”



“Precisava contar para minhas melhores amigas, por isso convidei a Amélia e a Giuliana para me visitarem. Estava muito feliz por finalmente conquistar o sim da minha vida e contei tudo o que aconteceu entre nós para elas.”



“Amélia disse que com o seu currículo de rei dos amassos eu ia acabar mal com esta relação. Tudo bem, ela sempre foi pessimista, por isso relevei suas palavras.”



“A Giuliana me deu o maior apoio e disse que o importante era estar feliz ao lado do meu amado. Fiquei um pouco preocupada com a reação da Rita e ainda não tive coragem de contar nada para ela. Nem sei explicar direito o motivo da minha hesitação.”



“Conversei com a Acácia sobre o meu namoro com o Forte, e claro, ela já sabia de tudo. Ela quis saber como foi meu primeiro beijo e tudo o mais. Fiquei um tanto envergonhada mais contei algumas coisas sem entrar muitos detalhes.”



Fechando o seu diário, Cristal completou: “Então até agora só falei sobre o nosso namoro para o Olívio, a Acácia, a Amélia e a Giuliana.”
Ela estava preocupada e aliviada por me contar sua história. Percebi o quanto ela era inexperiente e ao mesmo tempo me senti tocado por ter motivado tanta paixão, não é à toa que ela é a minha luz!



Eu estava um pouco apreensivo, ela não sabia do meu encontro com a Rita, mais intuía algo nesta história. Fiquei sem coragem de contar. Sei que foi antes de ficarmos juntos, mas elas são amigas e não queria complicar as coisas ali no Grêmio. Decidi não contar nada por enquanto. O melhor foi saber que sou o primeiro sim na vida da Cristal, ela me esperou por um ano!
Minha luz me levou até a frente da casa e nos despedimos com outro beijo apaixonado.